Estou aqui pensando na minha foto para o passaporte que, se tudo der certo (mentira, se eu não me sabotar novamente), vou começar a dar entrada semana que vem.
Não sei se faço a barba, corto o cabelo, prendo com arco, amarro, deixo solto. É importante não ter cara de terrorista já que não existem critérios objetivos para emissão do visto para os Estados Unidos, vai de acordo com o humor do funcionário da embaixada no dia. Para falar a verdade, não me surpreenderei caso já exista um registro nos computadores do serviço de segurança estadunidense me proibindo de entrar na terra do Tio Sam durante toda minha vida, mas esse é um risco que pretendo correr.
Ter passaporte não significa nada, mas é o primeiro passo para quem um dia pretende conhecer Nova Iorque. Para quem já fez manifestação na porta do consulado e jogou pedra na fachada do McDonald´s, viajar para a Big Apple pode parecer contraditório, mas o tempo passa e nossa visão de mundo muda. Acho os Estados Unidos um país incrível, a única coisa que realmente continuo contrário é com sua política externa, responsável por grande parte das mazelas mundiais, mas isso é material para outra postagem.
Esta é a Carmen na High Line. Não a conheço, mas ela postou essa foto em seu blog pessoal. |
Quero fazer juras de amor na High Line, fazer um piquenique no Central Park e assistir Spider Man na Broadway. Almoçar em Chinatown e andar de limousine na Quinta Avenida. Quero ouvir um coral de negros em uma igreja do Harlen e dar alguns trocados para os artistas de rua que se apresentam no metrô. Tomar café em uma galeria do SoHo e procurar algum grafite do Bansky. Quero fazer amigos pedalando uma bicicleta emprestada na Critical Mass. Quero alguém para fazer tudo isso comigo.
Tenho duas características conflitantes: não nasci para ficar sozinho e tenho gostos e vontades bem pitorescas, por isso vai ser difícil achar alguém que tope fazer todo esse roteiro e se divirta tanto quanto eu. Talvez seja essa a desculpa que eu dê para guardar o passaporte na gaveta e deixar essa história toda apenas na minha imaginação. Às vezes me falta coragem.
Tenho duas características conflitantes: não nasci para ficar sozinho e tenho gostos e vontades bem pitorescas, por isso vai ser difícil achar alguém que tope fazer todo esse roteiro e se divirta tanto quanto eu. Talvez seja essa a desculpa que eu dê para guardar o passaporte na gaveta e deixar essa história toda apenas na minha imaginação. Às vezes me falta coragem.
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