Moro em um deserto alimentar, no Centro do Rio, ou seja, preciso me deslocar mais de 1,5km para conseguir comprar alimentos saudáveis e frescos. Perto da minha casa até tem super e minimercados, mas a qualidade e variedade são sofríveis, por isso tenho que ir até a feira da Glória ou ao Mundial da Lapa, ambos a mais de 3km de distância.
Os pântanos alimentares são regiões com ainda mais restrição de acesso a alimentos saudáveis o seu oposto é oásis alimentar.
Regiões pobres são mais afetadas por essa escassez, com comércios locais vendendo ultraprocessados baratos. Bairros ricos possuem mais oferta de hortifrutis e essa diferença tem impacto na saúde das pessoas.
Incentivar a agricultura familiar é combater os desertos alimentares |
Uma leitura fria pode sugerir que basta ampliar a renda das pessoas para que elas possam ter mais acesso a alimentos saudáveis, mas a gente sabe como o mercado opera: aumentando ainda mais desigualdades sociais.
Desta forma, é urgente políticas públicas para combater os desertos alimentares, já que doenças crônicas relacionadas a alimentação são as principais causas de mortes no Brasil e no mundo.
Algumas sugestões: incentivos fiscais para comércios saudáveis e barateamento de alimentos frescos, estímulos a hortas comunitárias, feiras livres e mercados municipais, educação nutricional no currículo educacional, restrição de ultraprocessados nas escolas entre outras soluções.
Garantir fácil acesso a alimentos saudáveis também é uma questão de saúde pública.
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