terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um clichê sobre amor platônico (porque todo amor é clichê)

Vidal, traga duas cervejas e senta comigo. Tenho histórias para contar-te.
Querido leitor, esse texto não apresenta nada novo. Não há nele nenhum ponto de vista diferente sobre algo cotidiano, tampouco uma revelação que vá abalar o mundo. É apenas mais do mesmo. Aviso isso de antemão para dar a possibilidade de parar a leitura logo no início, poupando seu tempo para que ele seja utilizado com coisas realmente importantes.

Tudo que aqui escreverei já foi sentido por aqueles que possuem um coração batendo no peito. Muito já se rascunhou a respeito em guardanapos de botequins imundos e lágrimas foram derramadas debaixo de luares no Rio Senna, porque a dor dos amores terminados e dos amores platônicos não escolhe classe social ou nacionalidade. Nada mais clichê do que verter lágrimas pela amada que não corresponde ao nosso afeto. Nada mais clichê do que a poesia do amor impossível.

E assim vamos construindo nossa personalidade, juntando cicatrizes e maltratando nosso fígado, porque o álcool é o melhor amigo do boêmio nos momentos de crise. - Companheiro, traga-me mais uma cerveja. Senta-te ao meu lado. Contar-lhe-ei algumas histórias.
As mesóclises também combinam com as dores dos amores impossíveis.

A única certeza é que um dia isso passa, mas até esse momento chegar, dar-me licença porque vou abrir mais uma cerveja e enxugar as lágrimas que caíram no teclado do computadorhkjlkldfadwçjlfldkçsafwqe

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Baseado nos relatos de um amigo. Ou não.

Publicado inicialmente em http://www.ilhados.com/2013/12/um-cliche-sobre-amor-platonico-porque.html

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