sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Planejamento urbano e empatia


A Saara, tradicional pólo de comércio popular, teve origem com comerciantes árabes e judeus, que convivem pacificamente no centro do Rio enquanto no Oriente Médio eles estão, literalmente, se matando.

Por que isso acontece? O que faz com que num ambiente essas etnias sejam amigas enquanto em outro elas sejam inimigas mortais?

Uma das resposta é a ausência de um muro que as separem. Os muros, além de constituírem barreiras físicas, também são barreiras mentais e fazem com que as pessoas enxerguem os que estão do outro como adversários.

Quando diversos grupos sociais, de diferentes classes econômicas, etnias, religiões e orientações sexuais dividem o mesmo espaço físico, eles tendem a perceber que suas diferenças não são motivos suficientes para o ódio e a empatia aparece.

Vez por outra dou uma palestra sobre urbanismos e mobilidade em empresas, relatando minha experiência como voluntário do Bike Anjo e mostrando a bicicleta como uma ferramenta de apropriação da cidade e dos espaços públicos, derrubando barreiras simbólicas e, desta forma, criando um ambiente mais tolerante.

Muitas vezes parece que militar por causas urbanistas tem menos importância do que outras lutas, mas a forma como a cidade é planejada ajuda a tornar a convivência entre os munícipes mais harmoniosa, diminuindo casos de homofobia, intolerância religiosa entre muitas outras violências.

Salvei o vídeo acima para apresentar na minha palestra. Fala das nossas origens e derruba barreiras perniciosas ao convívio com outras pessoas. Por menos de trezentos reais é possível fazer um teste deste de DNA, mas estou esperando a 23andMe, do Google, disponibilizar o kit para o Brasil.

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