A indústria alimentícia tem um projeto para diminuir nosso entendimento sobre comida, reduzindo o que comemos a uma mistura de nutrientes e elementos químicos
Assim fica mais fácil nos vender seus compostos cheios de corantes, saborizantes e outro produtos sintéticos que quase ninguém sabe como são feitos, desde que venha escrito na embalagem que contém vitaminas e sais minerais importantes para o bom funcionamento do corpo
Só que comida é muito mais que um aglomerado de macronutrientes e vitaminas. É cultura, é política
O nome desse projeto é nutricionismo, junção das palavras ‘nutrição’ e ‘reducionismo’. Enxergar a comida apenas por sua composição química nos deixa mais suscetíveis às mensagens publicitárias da indústria, o que atrapalha nossas escolhas alimentares e nos deixa doentes, além dos outros problemas sociais
E sem perceber vamos nos distanciando da origem dos alimentos e até nosso vocabulário muda, sem nos dar conta que essa mudança está sendo orquestrada nos departamentos de comunicação das multinacionais que produzem ultraprocessados
Um exemplo prático é que muita gente já tá chamando carne de proteína. Proteína pode ser qualquer coisa, até nugget de frango
Para saber mais, recomendo o livro Nutricionismo: a ciência e a política do aconselhamento nutricional, de Gyorgy Scrinis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário