O barco da Nestlé que vendia ultraprocessados para comunidades ribeirinhas da Amazônia foi o início de uma epidemia de obesidade e doenças crônicas para a população local, que começou a substituir uma alimentação natural por porcarias.
Com investimento bilionário em marketing, famílias acreditavam que estavam dando o que existia de melhor em nutrição para seus filhos, mas era exatamente o contrário.
O mercado flutuante era colorido e cheio de guloseimas, como a casa da bruxa de João e Maria, e atraía as pessoas como um ponto de entretenimento.
Ele não navega mais pelos rios amazônicos, a Nestlé aperfeiçoou suas técnicas logísticas e hoje emprega revendedoras locais e aumentou sua rede de distribuição para pequenos comércios, facilitando ainda mais o acesso aos ultraprocessados.
No documentário da BBC 'Com o que estamos alimentando nossos filhos?', além de mostrar o barco, o médico Chris van Telluken fica um mês se alimentando de uma dieta com 80% das calorias oriundas de industrializados, com acompanhamento médico mostrando o resultado no seu corpo, uma releitura do que Morgan Spurlock fez em 'Super Size Me'.
Um documentário brasileiro que aborda o mesmo tema é o 'Muito Além do Peso', que também mostra o barco da Nestlé. Excelente filme, link nos comentários.
Uma coisa bacana no filme da BBC é ver que a classificação de alimentos criada no Brasil se espalhou para o resto do mundo, nos colocando na vanguarda desse tipo de discussão, mas ainda estamos muito aquém do que deve ser feito em termos de política pública para alimentação.
Uma coisa bacana no filme da BBC é ver que a classificação de alimentos criada no Brasil se espalhou para o resto do mundo, nos colocando na vanguarda desse tipo de discussão, mas ainda estamos muito aquém do que deve ser feito em termos de política pública para alimentação.
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