Costumo respeitar as autodefinições de terceiros e agir de acordo com elas. Uma mulher trans é, inquestionavelmente, uma mulher e é assim que vou tratá-la.
Entretanto, a autodefinição não é algo escrito na pedra e que não possa ser questionado. Vamos a alguns exemplos:
Comecei a assistir o episódio da Argentina da série Street Food (Netflix) e logo no início uma mulher diz que os argentinos são muito mais próximos dos europeus do que dos sulamericanos. É uma autodefinição racista? É, e muito. Sou obrigado a respeitar? Não.
A gente sabe o que acontece quando uma pessoa começa a dizer que é de uma raça pura. Então, questionar esse tipo de coisa é um controle social para evitar histórias como o holocausto.
Sem falar dos brancos que entram nas cotas raciais de concursos e do argentino que mudou do gênero masculino para feminino apenas para se aposentar cinco anos antes.
Todo mundo tem o direito a autodefinição, assim como todo mundo tem o direito de questionar a autodefinição dos outros. Ser ou não um babaca é outra coisa.
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