terça-feira, 21 de junho de 2016

Se sentir em casa

O caramujo carrega a casa nas costas
Se o Brasil está em crise mesmo ou se é invenção do Partido da Imprensa Golpista, eu não sei, mas certamente não estamos lá essas coisas. Tenho diversos amigos passando por dificuldades financeiras e parece que não vai melhorar tão cedo. Lembra um pouco a música Teatro dos Vampiros, do Legião Urbana.

Nesta situação, manter uma casa no Rio é uma atividade hercúlea. Aluguéis exorbitantes, serviços caríssimos e péssima qualidade. Para driblar, muitos moram em kitnets ou dividem apartamentos. Tem também o coliving, espécies de comunidades urbanas.

Essa dificuldade não é diferente para casais que resolveram construir uma vida juntos. O ideal seria procurar um lugar novo para que ambos pudessem pensar juntos os detalhes do lar. Uma página em branco, cujas regras são estabelecidas a dois.

Quando não dá para acontecer desta forma, um se muda para a casa do outro e adaptação a um ambiente que já possui um rotina não é fácil. Mas, superando alguns meses, tudo se ajusta, ou assim esperamos.

Foi o que aconteceu comigo, que me mudei para uma casa já pronta com seu ethos. Claro que no início me senti um estrangeiro, com brigas e discussões. Mas quando, de fato, esse novo elemento passa a sentir que está casa?

Não posso falar por todo mundo, mas agora tenho um comprovante de residência em meu nome. Agora me sinto em casa.

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